Segundo o Aurélio – Dicionário da Língua Portuguesa – a palavra condomínio é derivada do latim – condominium – e significa o domínio de mais de uma pessoa sobre o mesmo bem, ou parte de um bem.

Portanto morar em condomínio significa dividir.

Dividir espaços físicos, dividir responsabilidades, dividir contas, partilhar decisões, mas isso não é o mais difícil. A convivência com pessoas diferentes sim é que é complicado e passa a ser um grande desafio e um ato empatia e de civilidade.

Num condomínio, principalmente residencial, moram pessoas com os mais variados perfis físicos, religiosos, financeiros e ideológicos. São idosos, jovens, adolescentes, crianças, negros, brancos, héteros, gays, evangélicos, católicos, corintianos, palmeirenses (ou atleticanos e coxas brancas) sem falar aqui nas polarizações político-ideológicas.

Essa verdadeira “torre de babel”, nos dias atuais, tem um complicador a mais que são as redes sociais, sejam as individuais como FB e Insta, sejam as coletivas como os grupos de whatsapp que, em geral, amplificam e distorcem notícias e informações.

Eu moro num condomínio com nove apartamentos, que em teoria tudo poderia se resolver em um simples papo de corredor. Mas, foi criado um grupo de whats para os condôminos se comunicarem mais facilmente, porém este serve, além da comunicação séria, para amplificar e fomentar confusões. Só como exemplo: Eu moro no Apto 31 e há alguns meses a moradora do Apto 21 (embaixo do meu) entrou no grupo do whats reclamando que havia muito barulho no meu apartamento, de gente correndo e sapateando dentro do apartamento. Imediatamente a vizinha do apto 41, portanto acima do meu, escreve que também estava ouvindo barulho de gente correndo sem especificar de onde vinha tal barulho. A vizinha do apto 11 que tem um cachorro já se defendeu dizendo que não era no seu apartamento, que poderia ser no 42, que tem dois cachorros… A partir daí foi uma “tripa de conversa” de mais de duas horas, com reclamações e xingamentos que nada tinham a ver com o tal barulho inicial. Nesse momento, depois de me pôr a par de uma série de fofocas e barracos do condomínio eu entrei na conversa e pedi que fossem ao meu apartamento verificar se não havia um ladrão, pois eu estava na casa da praia havia duas semanas. A conversa sessou, mas nenhuma retratação ou pedido de desculpas ocorreu.

Conto esta história, que é baseada em fatos reais, para exemplificar como é complicada e convivência humana.

Portanto, se você mora ou vai morar em um condomínio, prepare-se para exercer toda a sua empatia com alto grau civilidade, porque os idosos vão demorar para entrar e sair dos elevadores, as crianças vão fazer barulho e gritar, os adolescentes vão fumar em áreas não permitidas, vão entrar e sair dos elevadores com seus fones de ouvido sem ao menos olhar e dar um bom dia para quem já está no elevador, vizinhos vão fazer festas, você vai fazer festas, todos vão usar as piscinas, academias, salões de festas.

Por esses motivos, todo condomínio precisa ser muito bem organizado com direitos, deveres e regras de convivência estipulados através da Convenção de Condomínio, do Regulamento Interno, das Decisões Assembleares e, acima de tudo, contar com uma gestão harmoniosa de um bom síndico.

Só para lembrar: se hoje você é jovem, vai envelhecer um dia, se não tem filhos, poderá tê-los um dia, se seus filhos são pequenos hoje, serão adolescentes amanhã….

O segredo de um bem morar em condomínio se resume em duas palavras: empatia e civilidade.

Informações importantes

Para compreendermos melhor a sua necessidade e agilizarmos o seu atendimento, tenha em mãos as seguintes informações:

Quantidade de unidades

Número de unidades residenciais ou empresariais existentes no condomínio;

Índice de inadimplência

Porcentagem de unidades que estão em débito com o condomínio;

Relação de inadimplência

Listagem das unidades que têm pendências de taxas condominiais;

Valor total da receita

Total geral a ser arrecadado pelo condomínio dentro de um mês .

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